Após
a decisão de encerrar a greve de policiais militares da Bahia – que já
completava 12 dias – a Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da
Bahia (Aspra) divulgou, já na madrugada deste domingo (12), uma nota
oficial sobre o período de paralisação das atividades. O grupo, foi
liderado pelo ex-policial Marco Prisco, que continua preso em Salvador.
Leia a nota na íntegra, com a avaliação dos grevista sobre a atuação do
Governo do Estado e motivos da paralisação.
“NOTA À IMPRENSA E À POPULAÇÃO
Nós,
policiais militares, reunidos no Ginásio dos Bancários, neste sábado
dia 11 de fevereiro de 2012, decidimos pelo fim do movimento que
mantínhamos há 12 dias. Nossa decisão partiu da premissa de que
dignificamos a corporação encetando uma ação amplamente vitoriosa, que
repercutiu na sociedade baiana e a nível nacional, mostrando uma
categoria firme na sua insatisfação com os baixos soldos e as promessas
do governo não cumpridas. Foi esta ação que levou as autoridades,
tradicionalmente desatentas aos reclamos da tropa, a negociar com os
militares e ceder em alguns pontos. Durante esse dias a categoria deu
provas incontestes de seu amadurecimento não colocando seus interesses
acima dos da sociedade. Assim, evitamos um confronto com nossos irmãos
do Exército, negociamos o cumprimento das determinações do Judiciário e
estivemos sempre abertos para a negociação das nossas demandas. Não
poderíamos, prejudicar a sociedade em função da intransigência do
governo do Estado. A assembleia da Policia Militar legitima, respeita e
agradece a todas as associações de polícias militares do Estado da
Bahia, dentre elas a ASPRA que foi importantíssima na nossa greve, assim
como as demais. Repudiamos a forma autoritária e ditadora do Governo da
Bahia, que de forma truculenta e autoritária, lacrou a Sede da
ASPRA-BA, assim bem como a sua conta bancária. Episódio só visto antes
durante a Ditadura… Agradecemos á população baiana o apoio que nos foi
dado e a cobertura dos veículos de comunicação. Prometemos retribuir a
todos através da pronta integração nos serviços para a sua proteção. E
afirmamos que o fim do nosso movimento não significa nem que aceitamos a
proposta do governo, nem que encerramos a nossa luta. Esta continua,
por melhores condições de trabalho e respeito.”
*Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia -Aspra
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