Depois
de 11 dias de paralisação, o comando de greve do grupo de policiais e
bombeiros militares baianos, paralisados desde a noite do último dia 31
de janeiro, retomarão as atividades a partir deste sábado (11). A
decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta sexta-feira (10)
Além da revogação dos processos administrativos de PMs que participaram
da greve e da anulação das prisões dos líderes da greve, o Governo
aceitou o pagamento imediato da GAP IV (Gratificação de Atividade de
Policial) e o pagamento da GAP V para março de 2013.
Com o acordo firmado, os policiais encerram a campanha salarial
referente ao ano de 2012. Os policiais também terão reajuste de 6,5%
retroativos à janeiro deste ano. Segundo os órgãos do governo estadual,
nos últimos anos, a categoria teve ganho real - isto é, descontando a
inflação- de mais de 30%.
Em contrapartida, os militares abriram mão da revogação do decreto de
prisão dos policiais e bombeiros envolvidos nas ações grevista. De
acordo com a categoria, a via judicial será o caminho direto para tentar
negociar a liberação dos PMs presos. Além disso, os policias militares
garantiram que farão o policiamento ostensivo durante os dias de
Carnaval.
Na manhã da última quinta-feira (09), policiais ligados a ASPRA
(Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia) desocupou o
prédio da Assembleia da Assembleia Legislativa do Estado (ALBA), no
Centro Administrativo (CAB).
Desocupação da Assembleia: o começo do fim
Desde que os grevistas entraram no prédio logo após a assembleia do dia
31 de janeiro, o local se transformou no palco principal dos impasses e
também dos conflitos. De acordo com a Secretária de Comunicação do
Estado, cerca de 240 pessoas, entre membros da corporação e familiares,
ocupavam o local e transformaram o Centro Administrativo em uma área
militarizada.
No começo da semana, mais de 1.400 militares do Exército, 200 PM´s de
companhias especiais, 50 homens da Força Nacional de Segurança e agentes
da Polícia Federal fizeram um cordão de isolamento em toda a área e
controlaram o fluxo de pessoas até o último de ocupação. Durante o
período, houve momentos diversos de tensão entre os manifestantes, os
apoiadores e as Força Armadas, que tinham como ordem a reintegração de
posse do prédio. Bombas de gás de efeito moral, cassetetes e spray de
pimenta foram usados para manter a ordem. - Correio*
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