Corpo
de Djalma Brugnara tinha várias perfurações feitas com faca. Polícia
trabalha com suicídio, mas não descarta sinais de violência encontrados
no corpo
Ex-marido
de procuradora assassinada em um condomínio de luxo foi encontrado
morto no final da noite de quinta-feira (2) em um motel na cidade de
Belo Horizonte. O corpo do empresário Djalma Brugnara Veloso, de 49
anos, foi localizado sobre a cama de uma suíte do Motel Capri, na
BR-356, no bairro Olhos D'Água, onde se hospedou pouco antes das 5h do
mesmo dia. Segundo a delegada responsável pelo caso, Renata Fagundes, o
corpo foi encontrado por funcionários, que estranharam o silêncio do
hóspede após quase um dia de permanência no quarto. Renata afirmou que
investiga a possibilidade de Brugnara ter se matado, mas não afasta a
possibilidade de assassinato já que havia ferimentos em várias partes do
corpo e sinal de violência no pescoço, além de sangue na cama, no chão e
no banheiro.
Foragido
Sob
o corpo foi achada uma faca que, segundo a PM, pode ter sido a mesma
usada para matar Ana Alice Moreira de Melo, de 35 anos. Ex-marido da
procuradora da Advocacia Geral da União, Brugnara era considerado
foragido pela polícia desde o início da manhã de quinta-feira.
Mansão da família no condomínio Villa Alpina, em Nova Lima, região metropolitana de BH
Ele
teve prisão preventiva decretada pela Justiça de Minas Gerais como
principal suspeito na morte da ex-mulher. Ana Alice foi assassinada na
madrugada de quinta-feira na casa onde morava com os dois filhos do
casal, em um condomínio de luxo na cidade de Nova Lima. Segundo uma
empregada da família, o empresário discutiu com a procuradora. Em
seguida, ele matou a mulher a facadas, antes de fugir, em um Peugeot
branco, o mesmo encontrado no motel.
Histórico de separação
No
último dia 24, Ana Alice prestou queixa em uma delegacia contra o
marido. No dia seguinte, o juiz Juarez Morais de Azevedo deferiu algumas
medidas chamadas protetivas e previstas pela Lei Maria da Penha. As
medidas concedidas foram pedidas pela delegada Renata Fagundes,
responsável pela investigação do crime. Conforme informações da
assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, a delegada não detalhou
seus pedidos, apenas destacou a situação de ameaça e agressão. Entre as
medidas, estava uma que determinava que Djalma ficasse afastado de Ana Alice por 30 metros de distância.
Outra medida era a de que Djalma não poderia manter qualquer tipo de
comunicação com a mulher e os filhos. Uma terceira medida referia-se ao
fato de que o empresário e a procuradora não poderiam frequentar o mesmo
ambiente público. O juiz, entretanto, não teria determinou que o
agressor saísse de casa. O advogado da procuradora entrou, então, com o
pedido de afastamento do marido. “O juiz marcou uma audiência, para o
próximo dia 15, com a vítima e o agressor no mesmo dia. Pedi para mudar e
ele manteve. Como no momento que a vítima vai fazer representação não
haveria possibilidade de ela ser coagida pelo agressor? Isso é um
absurdo”, reclama o advogado de Maria Alice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário