segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
PEQUENO TRAFICANTE NÃO VAI MAIS PARA PRISÃO
Uma resolução do Senado publicada
nesta semana abriu brecha para que pequenos traficantes possam cumprir
penas alternativas, em vez de ficar na prisão. O ato suspendeu um trecho
da legislação de entorpecentes que proibia a conversão do cumprimento
de pena na cadeia nos casos de tráfico de drogas em punições mais leves,
como a prestação de serviços comunitários. A decisão foi tomada a
pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que essa proibição
da troca de penas era inconstitucional. Aprovada em 2006 pelo Congresso
e envolta em polêmicas discussões, a lei de entorpecentes ficou famosa
por endurecer as punições a traficantes – a pena mínima para o tráfico
subiu de 3 para 5 anos, por exemplo – enquanto abrandava as penas
voltadas aos usuários de drogas. “Isso é um desserviço ao combate ao
tráfico. Estamos vivendo uma situação muito difícil, porque as penas
restritivas de direitos são extremamente benevolentes”, afirma o
desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo José Damião Cogan.
Defendo plenamente a conversão da pena em casos específicos. Quando são
pequenas quantidades de drogas e não se trata de um traficante
conhecido ou que tenha tido condenações reiteradas, a pena alternativa
de prestar serviços à comunidade acaba sendo mais útil tanto ao próprio
condenado quanto à sociedade”, rebate o advogado criminalista Antônio
Cláudio Mariz de Oliveira. ( Folha Online)
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