A partir de abril, bancos vão avisar cerca de 5 milhões de aposentados e pensionistas do INSS
Cinco
milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) terão de comprovar que estão vivos a partir de abril. A
chamada "prova de vida" será exigida pela Caixa Econômica Federal de
quem recebe os pagamentos por meio de crédito em contas bancárias, que
representam 18% do universo de beneficiários. A
comprovação será feita pelo próprio aposentado ou pensionista nas
agências da Caixa no prazo de 30 dias após o recebimento de um aviso no
extrato bancário. Os aposentados e pensionistas com problemas de
locomoção deverão nomear um procurador em uma agência da Previdência
Social, orientou ontem o banco estatal.
Questionada
pelo Estado, a Caixa explicou que a possibilidade de nomear um
procurador evitará problemas como os que levaram ao fracasso o
recadastramento de todos os aposentados com mais de 90 anos, no fim de
2003. Os idosos reclamavam que não conseguiam se deslocar até os postos
do INSS. O então ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, chegou a
pedir desculpas aos aposentados. A revalidação do benefício foi admitida
por meio de procuradores.
Em
nota distribuída ontem, a Caixa informa, no entanto, que o procurador
terá de ser nomeado pessoalmente pelo aposentado, de quem será feita a
identificação biométrica, como a tomada de impressões digitais.
O
motivo da exigência da "prova de vida" são indícios colhidos pelo banco
de que há pagamentos feitos a pessoas mortas e pagamentos em
duplicidade.
TCU.
No fim de 2009, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU)
identificou o pagamento de mais de 33 mil benefícios a aposentados ou
pensionistas já mortos, segundo cruzamento com dados do Sistema
Unificado de Benefícios, que deveria ser atualizado com dados de óbitos
dos cartórios, e do Sistema de Informações de Mortalidade, administrado
pelo Ministério da Saúde.
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